O livro conta com o prefácio de 12 escritoras: Tággidi Mar Ribeiro, Gabriela Ruggiero Nor, Jeanne Araújo, Giovana Damaceno, Fátima M. Brito, Viviane Ferreira Santiago, Lilia Guerra, Vera Saad, Ingrid Morandian, Maya Falks, Lilly Araújo e Adriana de Oliveira Albano.
Ilustrações de Bianca Lana
Carol Diniz Bernardes é doutora em Literatura, pesquisadora e terapeuta, nascida em Ribeirão Preto, onde sempre residiu. Como escritora, recebeu o prêmio “Grandes Empresas na Literatura”, pela obra infantil Flauis (Instituto do Livro, 2010), e publicou Retalhos e Epopeias (Patuá, 2012), além de sua tese de doutorado A Odisseia de Nikos Kazantzakis: epopeia moderna do heroísmo trágico (Cassará, 2012) – todos com o nome Carolina Bernardes – e do infantil Mãos que fazem o Sol (Koré/Telucazin, 2021), com o pseudônimo Cora Kalenduen. Em 2021, publicou seu primeiro romance A Falésia da Árvore de Fogo (Koré) e teve seu projeto Oikospoética: a tecelagem literária de retorno ao lar aprovado pelo edital ProAC (com publicação prevista para 2022).
Como pesquisadora, tem diversas publicações em revistas literárias e acadêmicas no Brasil, Chile, Argentina, Portugal e França, além de apresentações em congressos em alguns desses países. Sua relação íntima com a literatura grega (clássica e moderna), resultante da pesquisa acadêmica sobre Nikos Kazantzákis, é presença marcante em toda a sua obra, assim como as práticas manuais que levaram à edição artesanal e caseira de seus primeiros livros.
Atuou por vários anos como professora universitária e atualmente se dedica à Koré Editorial e oferece palestras e oficinas de escrita feminina e sobre as relações entre o sagrado, o mágico e a literatura.
“Há pedras na cidade que eu preciso encontrar. Atravessar espaços, ir além das estruturas. Permanecer na casa é ainda me resgatar – prevejo – mas nesse instante do clarão, onde as frestas e os vestígios embaçam a visão, abrem-se novos rumos. Sempre é tempo de voltar. Para a minha própria casa, onde guardo nada além da busca dos seres que já se foram. Há uma escrita submersa nos retalhos, prevejo os mortos por toda parte. São as lendas andarilhas, e eu vou. Para onde principia o mar”.
“Se não somos ainda pó e pedra, urge recontar o que da urdidura ficou frouxo, as tramas lassas de uma história desconhecida, pois o antigo bardo não pisou jamais o gineceu e do pouco que supunha não clamou às musas mais do que o suspiro. A languidez de meu nome inscrito na história incita a narrativa, para que em tempo vindouro não vire um emaranhado de linhas que se dissolvem na terra faminta".
Capa comum
Livro ilustrado
Nº de páginas: 216
Dimensões: 15cmx21cm
Editora autônoma. Iniciativa editorial feminina. Somos um espaço de mulheres criando o mundo por meio das mãos, traçando a rota para que os galhos se elevem e, juntas, sejamos, casa, árvore, Cosmos. Por meio da edição e costura de vozes pretendemos abrir os portais.