A Falésia da Árvore de Fogo

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    A Falésia da Árvore de Fogo é o primeiro livro de uma quadrilogia que insere na história do feminino indagações e possíveis respostas às angústias que se repetem continuamente nos processos de busca femininos e nas mais variadas formas de silenciamento. A narrativa poética e em tom épico relaciona o espaço físico (a cidade de Avelares e o ambiente caseiro), como centro de expressão dos ciclos naturais, aos movimentos femininos – igualmente cíclicos – de fiar e desfiar o manto na sua ampla significação: como manutenção da vida e do destino, da identidade e das relações com a cidade, o mar, o rio, as pedras e a escrita. A narrativa propõe um entrelaçamento de vozes femininas, apresentadas em alternância, que se deslocam pela cidade fictícia de Avelares, seguindo os pontos cardeais. As personagens não se encontram, mas suas ações influenciam na vida das demais. Assim, temos a presença da renomada monja beneditina do século XII Hildegarda von Bingen, envolvida com as viagens, as visões e profecias e a orientação de mulheres em seu mosteiro; a grandiosa Penélope, esposa do herói Odisseu, que se afasta dos limites do ambiente caseiro e sai, também, em viagem pela ilha de Ítaca; a fictícia Anisha, uma lendária sacerdotisa de uma cultura pagã, sofrendo as consequências da punição por suas ações consideradas insensatas, em busca de retornar ao lar; Lita, uma jovem do século XIX levada à força para o convento com o intuito de apagar uma relação adúltera, de onde foge no ímpeto de resguardar sua identidade e vontades; e Corina, personagem dos tempos atuais, marcada por problemas com a mãe e com a descoberta de si. É ela que atua como tecelã, entrelaçando as histórias e com elas abrindo uma passagem em direção à falésia.

 

    O livro conta com o prefácio de 12 escritoras: Tággidi Mar Ribeiro, Gabriela Ruggiero Nor, Jeanne Araújo, Giovana Damaceno, Fátima M. Brito, Viviane Ferreira Santiago, Lilia Guerra, Vera Saad, Ingrid Morandian, Maya Falks, Lilly Araújo e Adriana de Oliveira Albano.

 

Ilustrações de Bianca Lana

 


 

    Carol Diniz Bernardes é doutora em Literatura, pesquisadora e terapeuta, nascida em Ribeirão Preto, onde sempre residiu. Como escritora, recebeu o prêmio “Grandes Empresas na Literatura”, pela obra infantil Flauis (Instituto do Livro, 2010), e publicou Retalhos e Epopeias (Patuá, 2012), além de sua tese de doutorado A Odisseia de Nikos Kazantzakis: epopeia moderna do heroísmo trágico (Cassará, 2012) – todos com o nome Carolina Bernardes – e do infantil Mãos que fazem o Sol (Koré/Telucazin, 2021), com o pseudônimo Cora Kalenduen. Em 2021, publicou seu primeiro romance A Falésia da Árvore de Fogo (Koré) e teve seu projeto Oikospoética: a tecelagem literária de retorno ao lar aprovado pelo edital ProAC (com publicação prevista para 2022).

 

    Como pesquisadora, tem diversas publicações em revistas literárias e acadêmicas no Brasil, Chile, Argentina, Portugal e França, além de apresentações em congressos em alguns desses países. Sua relação íntima com a literatura grega (clássica e moderna), resultante da pesquisa acadêmica sobre Nikos Kazantzákis, é presença marcante em toda a sua obra, assim como as práticas manuais que levaram à edição artesanal e caseira de seus primeiros livros.

 

    Atuou por vários anos como professora universitária e atualmente se dedica à Koré Editorial e oferece palestras e oficinas de escrita feminina e sobre as relações entre o sagrado, o mágico e a literatura.

 


 

Trechos

 

    “Há pedras na cidade que eu preciso encontrar. Atravessar es­paços, ir além das estruturas. Permanecer na casa é ainda me resgatar – prevejo – mas nesse instante do clarão, onde as frestas e os vestí­gios embaçam a visão, abrem-se novos rumos. Sempre é tempo de voltar. Para a minha própria casa, onde guardo nada além da busca dos seres que já se foram. Há uma escrita submersa nos retalhos, prevejo os mortos por toda parte. São as lendas andarilhas, e eu vou. Para onde principia o mar”.

 

    “Se não somos ainda pó e pedra, urge recontar o que da urdidura ficou frouxo, as tramas lassas de uma história desconhecida, pois o antigo bardo não pisou jamais o gineceu e do pouco que supunha não clamou às musas mais do que o suspiro. A languidez de meu nome inscrito na história incita a narrativa, para que em tempo vindouro não vire um emaranhado de linhas que se dissolvem na terra faminta". 

 


 

ISBN: 978-65-00-34375-5

Capa comum

Livro ilustrado

Nº de páginas: 216

Dimensões: 15cmx21cm

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